quarta-feira, 30 de março de 2011

Devaneios e passagens sobre política e sociedade.

A União Soviética caiu em 91. Nasci em 93. A acadêmica formação escolar brasileira me deu óculos anti-capitalistas, meu avô me deu óculos anti-americanistas. O governo Lula fortaleceu o Brasil de 2002 a 2010, e não tirou suas moedas de trás das orelhas do mundo, mas de um processo contínuo que vinha se realizando desde tempos remotos na sociedade brasileira. O homem teve um mínimo de sorte, isso é indiscutível, e elegeu nas costas a primeira presidenta brasileira. Agnelo Queiróz, eleito como rota de fuga à dinastia Roriz, ainda não se mostrou a que veio, e, de certo modo, tem se apresentado inconsistente - o trânsito de Brasília está um caos, a saúde sem alterações significativas, a educação, ainda maquiada. Bem, o que poderíamos esperar de alguém eleito dessa maneira, como que se dissesse "ah, vai ele mesmo, ele é o menos pior."?

A FAU/UnB está elegendo um diretor em chapa única. Temo ser esse um problema, mesmo considerando a seriedade do professor Sánchez. A FAU sofre de descaso e de um sério egocentrismo generalizado que reparte a Escola em 3. Na verdade, mais uma vez, as pessoas preferem maquiar a situação com caros batons e internacionalizações ao invés de combater um inimigo que está dentro da barriga delas mesmas. A FAU precisa tomar vermífugo. Precisa retomar o equilíbrio e a consciência - que induz a um sentimento de unidade - e reconstruir seu ensino baseada na formação do aluno, formação que é diferente de formatura - como já se aperceberam alunos de tempos atrás -, formação que não se dá exclusivamente em sala de aula, formação que vai gerar um arquiteto que interfira de forma consciente e equilibrada na sociedade. Não podemos continuar a produzir arquitetos em massa a partir de um currículo igual para todos e fechado (isso dá mofo!). Caso contrário, continuaremos a formar a mesma gente que tem feito da cidade esse problema que tanto criticamos.

30.03.2011

Ando vivendo o lado B(om) da vida. A calmaria finalmente veio e vejo este como um dos melhores momentos da minha vida, momento em que minhas escolhas são levadas em conta, momento daqueles que ficam pra toda vida.

Minha mente anda muito estimulada, mas ainda me prendo a velhas correntes. Quando e, principalmente, como isso vai acabar? Só o tempo vai dizer.

O silêncio me tem sido muito apreciável num mundo em que cada vez mais as palavras dizem menos e as pessoas são mais vazias e superficiais.

Sou uma pessoa boa? Sei que tenho algumas boas intenções. Sou uma pessoa segura? Seguramente não. Sou uma pessoa no lugar certo? Não sei. Temo temer o pior. Desenhos? Eis a origem da resposta anterior.

Arquitetura? Sim, por favor, precisamos de um mundo melhor.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Hoje, quarta-feira, alguém me perguntou com outras palavras: Qual é a sua? E digo que realmente fiquei confuso. Qual é a minha? Na verdade essa pergunta me afincou um quê que vem me fazendo pensar um pouco já há alguns dias.